O que for com quem for, quando for para sempre

O que for com quem for, quando for para sempre 

         Pode ser noite, tarde da noite. Pode ser um assunto rápido, talvez calmo, quem sabe nervoso, ou talvez, triste... Pode ser agora, mais tarde, amanhã ou depois. Pode ser num dia frio, bem frio, ou quem sabe, quente demais. Pode ser outono ou primavera. Pode ser no meio do nada ou no meio de tudo. Com lágrimas ou sorrisos, talvez com os dois...

         Pode ser por um olhar, só não pode ser nunca pela falta dele. Pode não ter solução, desde que tenha você. Pode parecer bobo, mas será pra você. Se ficar lindo, será sempre por você...

Pode ser um estranho, desde que seja o melhor estranho. E que o estranho seja você... Pode ser desde a infância, mas que dure muito além da velhice.

Pode ser algo confuso, pode ser familiar. Pode ser recente, um problema ou um dilema... O mais difícil, o menos provável, pode ser até o nunca desejado.

Pode ser o engraçado, o bem humorado, pode ser o sério, o preocupado, talvez seja um descuidado ou distraído.

Só não pode ser breve.  Não pode começar se um dia for terminar. Não pode ser frágil e deixar qualquer vento derrubar. Não pode ser vazio. Não pode não ser pra valer. Não pode ser planejado. Melhor é deixar acontecer. Não pode ser perfeito, alguns defeitos ajudam melhorar. Não pode valer à pena se não for pra ser pra sempre.

12 de Novembro de 2011

Adrielly Moura

Sua estúpida lei de amor...

Sua estúpida lei de amor...

        Essa é a triste história de alguém que só queria um pouco de amor. Sozinha, saiu por aí a buscar. Mas, quem disse que o amor é assim tão fácil de achar?! "Um dia o amor cai do céu", disseram a ela. Mas, não era um amor assim que ela queria. Então, decidiu criar suas regras, educar seu coração. Seria mais esperta que todos, por amor não sofreria jamais. Não seria escrava de suas emoções, assim pensou.

        Essa é a triste história de uma garota que tão logo se enganou.

        Coração é terra sem lei, já dizia um velho sábio por aí. E, sem mais nem menos, ela naquele olhar se perdeu. De suas leis, jurou que não esqueceria. Mas, sem notar, esqueceu. Ao amor se entregou. Porém, dela o amor fugiu. Pra ela o amor mostrou que, as leis ele quem faz.

        Toda a fúria daquele olhar, ela queria que a ela fosse direcionado. Um jovem coração desprezado. Assim ela ficou. O dono daquele olhar sabia fazer seu coração chorar.

         A essa altura, já tinha se perdido de si mesma. O peso do desafio, pra ela era demais. Ora, ora, não adianta. Depois que ama não se volta atrás.

        Essa é a triste história de alguém que queria amar. Essa é a triste história de quem descobriu a tolice que é se apaixonar. Essa história não teve final feliz. A pobre menina, hoje está por aí. Quem sabe o que se passa com ela?! Seu olhar não diz nada. Aprendeu que o doce do amor, não alcança todo paladar.

        Essa é a triste história de uma menina. Que queria amar. Amou. Tão logo mudou de idéia. Mas já era deveras tarde. 

Adrielly Moura

13 de Outubro de 2011

Metáforas...

Um dia, sentada embaixo de uma árvore, eu vi o sol se por. Vi a vermelhidão do crepúsculo tomar conta do ambiente! E vi os braços que me envolviam, se soltarem de mim. Ouvia a água do riacho banhar as pedras, ouvi os pássaros numa só algazarra em busca de seus ninhos. E ouvi a voz que eu tanto amava, dizer adeus. Senti a brisa noturna chegar de mansinho, senti o cheiro da relva deslizar sobre o campo. E senti minha alma se perder dentro de mim.

Um dia, eu estava sentada debaixo de uma árvore, quando vi meu mundo cair.

Eu tentei entender. Mas o vento já soprava forte. Tarde demais pra fugir da tempestade. Minha árvore balançava bruscamente, de um lado pro outro. E com o vento, eu a vi cair. Eu tentei voltar pra casa, mas a água torrencial cobriu meu caminho.

Depois que a tempestade passou, veio o frio. O frio trouxe consigo a solidão. E eu já não queria voltar pra casa. Não havia mais árvore pra me abrigar. Nem aqueles braços pra me envolver. Já não havia mais o sol, nem o calor daquela voz.

Assim, eu me encolhi no conforto daquele campo agora sombrio. E assim, eu vi a noite tomar seu rumo. Eu senti meu peito encolher, mas não era exatamente pelo frio. E do nada, eu encontrei uma única estrela no céu. E senti inveja dela. Lá tão alto a dor não me alcançaria. Lá tão alto, o mundo era só mais um lugar.

Eu quis gritar, eu quis fugir, eu quis voltar. Eu quis que fosse um engano. E quando eu dei por mim, o sol já nascia. E quando eu dei por mim, a minha vida seguia...

Adrielly Moura
 ‎20‎ de Abril‎ de ‎2011
22h16min: 44-
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Para um menino feio...

Para um menino feio...

        Ei, o que o mundo deixou pra os que sonham? O que os sonhos deixam pra quem os nutri? Não é seguro confiar no que não se pode ver, não é seguro ficar tão próximo do mistério, a ponto de se apaixonar por ele. Isso está errado.

        O que faremos quando nossas desculpas não servirem mais? Bem que tentar ajuda. Mas nada ajuda depois que se tentou e não deu em nada, e agora não há como tentar fugir de quando se tentou sonhar e isso apenas machucou.

        Eu estou tentando não querer mais tentar, porque no fim é injusto não ganhar. Coisas loucas estão em órbita com alguns pensamentos que estão em ordem com a tristeza. E chorar sozinha até que ajuda, mas só é assim quando as lágrimas se permitem vir.

        Seria simples se fosse como algumas estações que têm época certa. Seria simples se fosse como as expectativas. Se não houvesse enganos.

Adrielly Moura

09 de Novembro de 20011

Razões por eu te amar

Razões por eu te amar...

Te amo porque você faz cada segundo do meu dia, valer à pena.

Te amo porque você usa o silêncio pra me ensinar a esperar.

Te amo porque você tem um jeito doce de falar.

Te amo porque você sabe exatamente como lidar com minhas complicações.

Te amo porque você conhece o que muitos jamais conseguiram enxergar em mim.

Te amo porque você preenche o vazio que havia em mim.

Te amo porque você tem esse seu jeito carinhoso e firme, ao mesmo tempo.

Te amo porque você sempre sabe o que quer.

Te amo porque você não se deixa intimidar com minhas ameaças.

Te amo porque você sempre fala o que tem que dizer, e nunca o que eu quero ouvir.

Te amo porque você sempre me surpreende.

Te amo porque você é inteligente, mas não do jeito comum.

Te amo porque você, embora até tente negar, conhece meus pontos fracos.

Te amo porque seu sarcasmo é sedutor.

Te amo por você ser sempre tão cauteloso.

Te amo porque você sempre me faz pensar em como eu te amo, todos os dias antes de eu ir dormir.

Te amo porque você é sério.

E te amo porque você também é brincalhão.

Te amo porque você tem um jeito de menino.

Te amo porque você parece ser o homem mais maduro do mundo.

Te amo porque nem te conheço, mas mesmo assim, é como se fossemos amigos de infância.

Te amo porque você me faz desejar cada um dos seus mais simples gestos.

Te amo porque você me faz desejar todos os seus toques.

Te amo porque não encontro um fim pros motivos por eu te amar.

Te amo porque sempre duvido do que você diz, embora também acredite como nunca.

Te amo porque eu sempre tenho a esperança de te esperar.

Te amo porque os dias em que você não vem, são os mais longos, os mais chatos, mais feios...

Te amo porque os dia em que você vem são os mais lindos, os mais curtos, os mais alegres...

Te amo assim, por te amar.

Te amo porque você é assim, porque você é você, porque você é perfeito.

Te amo porque seus defeitos deixam saudade.

Porque você sabe me irritar.

Mas também, sabe me derreter, sabe me ter, sabe me conquistar, sabe me amar, me achar...

Te amo porque nem sei se você vai ler tudo isso, mas foi tão bom escrever..

Te amo porque estou brava com você..

E ao mesmo tempo, não consigo estar..

Te amo por cada uma das nossas conversas..

Pelas madrugadas eu que eu o atrapalhei dormir, e as madrugadas em que você me tira o sono...

E te amo, amo, amo e amo!!...

Adrielly Moura

01 de Setembro de 2011

Para meu querido...

        Eu, eu só queria ser forte o suficiente, pra suportar sem dor a falta que você faz. Eu queria ser forte pra voltar atrás. Arrepender-me e não mais sofrer.

        Eu apenas queria entender o que me prende aqui. Por que é assim tão forte? Eu queria poder fazer do meu tudo, esse nada que alivia minha dor. Já que quem deveria se importar, não se importa. E joga fora a chance que dei de me fazer feliz.

        Tudo, tudo que eu queria, era não ter de sofrer. Enfim, entender o que faz de você, o mais essencial em mim. Mas, você nem nota. Ignora o que trago no olhar. Só meu riso não poderia te mostrar. Este riso é superficial. Só meu riso não lhe faria entender, que no mundo o que mais quero é você!

        Olá, importa-se em me deixar entrar? Deixe-me ficar. Não vê que é amor?! Mesmo se não for, foi você quem alimentou... Você me nutriu com esperança de que seria diferente. Deixou-me tão em paz, não havia nenhum vazio, você preencheu minha mente. Mas agora, agora essa brecha é o fim. É o fim dessa alegria que parece ter sido sempre falsa.

        Onde você está agora? Só consigo te achar em meus devaneios... E ainda assim, é uma imagem turva. Você costuma sempre alimentar os corações que não vai amar?!

        O pior, o mais injusto, é esse bem-querer, essa droga de bem-querer... Eu não consigo não desejar, não consigo não sonhar com esse frio que me dá sempre que imagino seu olhar...      

 

Feito com carinho, hostilidade, amabilidade e sarcasmo, para meu querido e único

Gustavo H.

Adrielly Moura

15 de Setembro de 2011

Minhas razões de ser, com você e sem você...

 

Eu poderia odiar mil e uma coisas em você.

Eu deixaria o tempo passar sem ir te procurar.

Eu perderia todo meu tempo com você...

Aguentaria todo o mistério...

Eu até viveria com as dúvidas.

Passaria noites em claro, pra te ouvir...

Eu poderia compor músicas a seu respeito...

 Eu não teria vergonha de chorar por você...

Eu abandonaria todo meu passado e deixaria o futuro por sua conta...

Por você, eu não teria medo de ir mais alto, nem de cair...

Eu andaria no escuro, mesmo sem saber o que encontrar...

Abriria mão do tempo por você...

Eu só não me contentaria em me perder...

Eu não poderia mais sorrir...

Sem você, eu teria medo do dia seguinte...

Nem saberia em quê pensar...

Não acharia mais graça em olhar a Lua...

Mas, eu ainda assim, o perderei...

Mesmo sem saber como viver...

Mesmo sem saber onde me achar...

Pois, ao te perder, eu perderia ainda mais de mim...

Mesmo sem saber o que fazer das lembranças...

Ou, onde guardar tanta saudade...

Mesmo assim, com tudo isso, eu perderei você...

Adrielly Moura

20 de Setembro de 2011

Simplesmente amor...

A professora lançou esse tema de redação, então lá vai...

Simplesmente amor...

Falar de amor, tá aí um assunto verdadeiramente complicado! Ele surge quando menos se espera se aloja no coração e nos causa dor, dúvidas, alegrias, devaneios, esperança, frio na barriga e etc.

É completamente indecifrável, pois é o único que nos faz rir da própria dor. Dizem que pra amar só é necessário um coração aberto, mas esse coração deve contar com uma sorte danada pra, além de aberto, não ficar partido. Não dá pra vivê-lo à base de criticas! É capaz de vencer obstáculos conforme a vontade de seus amantes. Ultrapassa barreiras, dissipa contendas e ensina que o significado da vida não está em manuais nem catalogado em algum lugar, faz entender que esse significado se encontra na capacidade de interpretá-la, de vivê-la...

O amor é como um colchão que amortece quedas que a vida provoca, mas sem tirar-lhes o impacto. Talvez por isso seja difícil amar, se fosse fácil seria uma fruta no mercado ou o leite na caixinha. É uma pedra rara, sem preço, mas de valor inestimável.

Amar é não deixar a distância distanciar, fazer sempre perto quem está deveras longe. É um dom divino. É como uma linda árvore, porém seus frutos têm um sabor exótico de doce/amargo que vicia.

O amor tem inúmeras definições, um verbo pequenininho e simples. Se você ama, vá em frente, dane-se o resto. Dane-se o que dizem os outros, principalmente porque esses outros mesmo se milhares, não lhe provocam a alegria que apenas um é capaz de trazer...

                                                                     Adrielly Moura     
                                                                                                         07 de Abril de 2011

Só dessa vez...

Só dessa vez... 

         Queria que fosse diferente. Não ter de fingir. Sentir de verdade que algo mudou. Que o passado realmente passou. Saber que não é apenas um sonho. Que, mesmo se eu acordar, tudo ainda estará lá, do mesmo jeito me esperando. Dessa vez podia dar certo. Podia ter começo, meio e não ter fim. Mas, por que nunca é assim? Quando vai chegar a minha vez?

         Dessa vez podia ser alguém que desfizesse esse nó aqui dentro. Alguém simplesmente pra abraçar, sem necessidade de fazer mais nada. Alguém bem simples, simplesmente pra amar. Pra estar junto. Pra fechar os olhos e continuar enxergando. Onde está esse alguém? Será que existe? E, será que existirá¿ Por que não me responde, não está me ouvindo chamar?

         Queria que não tivesse dor. Essa dor tão grande que não vai embora. Que fica doendo silenciosamente e que parece não ter limite. Queria que entendesse meu olhar. Um olhar apenas e não haveria mais dúvidas. Um olhar apenas e seria o suficiente pra sorrir de novo. Mas, por que não vem¿ Por que¿ Por que? Por que?

         Dessa vez... Só dessa vez... Alguém que não fosse embora. Que soubesse entender o silêncio. Dessa vez... Apenas dessa vez. E então, tudo faria sentido. Uma voz rouca, uma noite perfeita... E dessa vez daria certo. Dessa vez seria diferente... Seria bom.

Adrielly Moura.

12 de Setembro de 2010